quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008


PEQUENA HISTÓRIA DOS DISCOS




Em tempos de MP3, MP4, Iphone, Pen-Drive e outras coisas surpreendentes, uma pequena história sobre como tudo começou:


Disco

Desde a sua invenção, houve dois tipos distintos de discos; cilindros e discos. O disco com a forma circular (o famoso "bolachão") foi inventado em 1887 por, Emile Berliner um imigrante alemão nos EUA. Thomas Edison tinha inventado uma superfície plana com um encaixe espiral na sua patente original e optou por desenvolver o disco sob a forma de cilindro. Graham Bell que tinha patenteado melhorias importantes no invento de Edison com uma folha fina de estanho, também apostou no disco de cilindro. Berliner fabricou primeiro e comercializou o disco dele na Europa (1889-1890) na forma de um disco de celulóide com 5 polegadas de diâmetro. Berliner voltou ao E.U.A. em 1890 e, durante os anos seguintes, trabalhou no aprimoramento, dos métodos de gravação e produção de seu invento. Antes do outono de 1894, Berliner ofereceu os primeiros cinqüenta "pratos" dele ao público americano. Eram discos de celulóide com 7 polegadas de diâmetro com um furo no centro, custavam US$ 60¢ cada e tocavam durante aproximadamente dois minutos. Suas vendas durante os primeiros dois anos eram extremamente baixas, principalmente devido à falta de uma boa máquina (gramofone) na qual os tocar. No Natal de 1896, Eldridge R. Johnson tinha construído um Gramofone melhorado com um motor helicoidal, e Berliner tinha recrutado Frank Seaman para comercializar e promover a gravação dos discos em âmbito nacional. As vendas decolaram e durante os próximos dez anos, o disco suplantaria o cilindro como a escolha da América para música gravada. O disco existiu durante mais de 70 anos, até o advento do disco compacto (CD - Compact Disc) nos anos 80 criando uma "opção tecnológica superior", embora muitos puristas ainda afirmem que os antigos discos com gravações analógicas têm fidelidade superior - mas, isto é uma outra discussão. Colecionadores, brechós e antiquários comercializam discos antigos de todos os estilos e gêneros musicais.

Fonógrafo

Um dispositivo mecânico para reproduzir sons gravados. O termo foi inventado por Thomas Edison em 1878. Aproximadamente em 1910, o termo fonógrafo se referia especificamente aparelhos reprodutores de cilindro. Os toca-discos então, eram chamados gramofones. Depois das 1910, o termo fonógrafo tornou-se genérico para todos os dispositivos que reproduziam o som.

33

Abreviação de 33 1/3 rpm . Um disco de vinil, normalmente de 12 polegadas de diâmetro que gira a 33 1/3 rotações por minuto - a velocidade padrão para os discos de Longa Duração usado em LPs (Long Plays). Introduzido em 1948 pela Columbia, ganhou popularidade nos anos 50 e início dos 60. Nos anos 60 se definiu a preferência do grande público no mundo inteiro pelos discos de 33 1/3 rpm.

45

Abreviação de 45 rpm. Um dos quatro principais formatos de discos (45 rpm, 78 rpm, EP e LP), um 45 rpm é um disco de vinil com 7 polegadas de diâmetro, com um furo no meio, que gira a 45 rotações por minuto. O disco de 45 rpm foi concebido originalmente pela RCA Victor como uma tentativa de criar um substituto para todos os os tipos de discos, apesar de seu formato. Foi lançado em fevereiro de 1949. A RCA lançou estojos com coleções de sinfonias inteiras em 45 rpm e um toca-discos com a sua marca, que possuía uma única velocidade - 45 rpm, a fim de reproduzir apenas os seus discos. Logo, ficou evidente que toca-discos com uma única velocidade, não eram um bom negócio, já que o formato LP de 33 1/3 rpm da Columbia se mostrava superior para música clássica e discos com várias faixas de um artista ou de conjuntos, enquanto o 45 rpm era ideal para discos simples (compactos simples). Graças a um acordo de licenciamento mútuo, o 33 1/3 rpm e o 45 rpm co-existiram durante 35 anos ou assim, permitindo ao grande público a compra de bens duráveis e principalmente o direito de escolha mais conveniente de acordo com as preferências particulares. Mas, o 45 rpm, surgiu também, e principalmente para substituir o 78 rpm que era um produto mais caro, pesado e que se quebrava com facilidade. Em meados dos anos 50 eram produzidos na mesma escala dos 78 rpm. Em 1958, foram fabricados pouquíssimos discos de 78 rpm - os últimos produzidos comercialmente foram lançados em 1960. Hoje, os discos de 45 rpm são uma fatia enorme do mercado de colecionadores de discos nos EUA.

78

Abreviatura de 78 rpm. Um dos quatro principais formatos de discos, são em geral de 10 polegadas de diâmetro e giram a 78 rotações por minuto. Os primeiros discos variavam de 60 rpm (disco da RCA Victor de 1903) a 120 rpm (os discos de cilindro da Pathé). Ajustes no giro dos motores helicoidais eram necessários para se obter a melhor velocidade para audição. Este disparidade de velocidades, logo caiu para um intervalo entre aproximadamente 76 e 82 rpm. Por volta de 1910, a Victor Talking Machine Company (antecessora da RCA Victor) adotou o 78 rpm como a velocidade "standard", e esta foi adotada logo pelo resto da indústria de discos. Foram produzidos 78 rpm em vários tamanhos - sendo o de 10 polegadas para sucessos populares e o 12 polegadas para seleções de clássicos. No iníco os 78 rpm (1894-1901) eram fabricados em 7 polegadas de diâmetro. Este formato reinou soberano, até 1949, quando a RCA introduziu no mercado o 45 rpm e a Columbia o seu 33 1/3 rpm. Os últimos 78 rpm, foram produzidos nos EUA em 1960. Hoje, os 78 rpm que não se quebraram, habitam as prateleiras dos brechós e antiquários.

LP

Abreviatura de "Long Play". Um dos quatro principais formatos de discos, um LP‚ literalmente um disco de longa duração (Long Play ou LP) no qual normalmente existem seis músicas de cada lado e gira a 33 1/3 rpm. Quase sempre vem com uma capa impressa em papel cartão. Desenvolvido por Peter Goldmark, o vinil, micro-sulcado de longa duração foi apresentado para o mercado pela Columbia em junho de 1948. Um toca-discos com uma plataforma giratória melhorada com um braço ultra-leve e agulha fono-captora de safira acompanhou o seu lançamento, o que fez destes, os primeiros discos de longa duração eficientes e de qualidade. Esforços para produzir um disco que tocasse por mais de quatro ou cinco minutos não eram novos, como Edison e Victor empreenderam durante anos antes da Columbia lançar o produto definitivo. Edison conseguiu a proeza de quebrar esta barreira em 1927 usando um sulco fino e uma minúscula agulha de diamante para reproduzir mais de 22 minutos de cada lado dos grossos discos de 78 rpm. Victor em 1932-33, reduziu a velocidade para‚ 33 1/3 rpm, usando um sulco mais fino ainda e extremamente preciso, mas a grande depressão econômica e braços de toca-discos exageradamente pesados conspiraram para assegurar o seu fracasso, até que, finalmente em 1948 com o já amplo emprego do plástico, finalmente o LP atinge o topo do mercado fonográfico, onde reinou absoluto por quase 40 anos. LPs são agora o mais novo item nas prateleiras de colecionadores.

Lado A

Os melhores "hits" do artista, figuram no lado A dos discos. Ocasionalmente, um sucesso do lado B fica mais conhecido do que os do lado A como foi o caso de "I Wanna Be Your Man" dos Rolling Stones do álbum "Stoned", considerado raro entre os colecionadores americanos.

Lado B

Lado destinado às músicas de menor sucesso do disco. Virou sinônimo de músicas sem muita importância entre os audiófilos.

Vinil

Material durável e barato com o qual eram feitos os discos, tendo sido introduzido quando do lançamento dos 45 rpm e dos LPs em 1949. Alguns discos tidos como vinil na realidade eram feitos de poliestireno (polystyrene), um tipo mais econômico de material que perdia a qualidade de reprodução após ser utilizado algumas vezes.

Vinil Colorido

Em geral os discos de vinil apresentavam a cor preta. Como recurso promocional, alguns lançamentos tiveram o vinil colorido, especialmente no segmento de discos infantis. Os discos de vinil colorido tem grande aceitação entre os colecionadores, por serem bastante raros e caros.

Rótulo

Os primeiros rótulos de papel surgiram em 1900, nos produtos da Consolidated Talking Machine Company, precursora da Victor, Filadélfia. Os discos de 7 polegadas então, receberam um rótulo com o título "Improved Gramophone Record" eram impressos em preto e ouro.

Estéreo

Abreviação de Estereofônico. Discos com som que saem de dois canais em vez de um. Experiências com gravações de multi-canal começaram em 1898. Mas só se tornaram viáveis comercialmente em 1958, quando os discos estéreo estouraram no mercado. Em 10 anos os discos estéreo suplantaram os tradicionais mono. Os primeiros lançamentos entre os anos de 1958 a 1963 são bastante raros, especialmente os de Rock n'Roll. Abaixo, alguns dos primeiros lançamentos em estéreo que atingem atualmente altos valores entre os colecionadores americanos: "The Teddy Bears Sing" - Teddy Bears "Runaway" and "Little Town Flirt" - Del Shannon "Lonely And Blue" - Roy Orbison "Shelly" - Shelly Fabares "Have Twangy Guitar Will Travel" - Duane Eddy "Presenting Dion & The Belmonts" - Dion & The Belmonts "For Sentimental Reasons" - The Cleftones

Hi-Fi

Abreviação de High Fidelity. Qualidade extra de tratamento de som nos canais estéreo, através de filtragens que conferia uma "limpeza" acústica maior dos instrumentos, produzindo Alta Fidelidade de reprodução.

Mono

Abreviação de Monoaural. Gravação na qual um canal contém todos os instrumentos e vozes. Nos primórdios do Rock n'Roll os álbuns eram lançados apenas em mono. Em 1960, eram lançados discos em mono e estéreo. Discos mono foram extintos por completo por volta de 1968. Abaixo, alguns dos últimos lançamentos em mono que atingem atualmente altos valores entre os colecionadores americanos: "Their Satanic Majesties Request" - Rolling Stones "Houses Of The Holy" - Led Zeppelin (apenas o álbum promocional) "Axis: Bold As Love" - Jimi Hendrix "John Wesley Harding" - Bob Dylan "Wheels of Fire" - Cream (apenas o álbum promocional) "Cheap Thrills" - Big Brother & The Holding Company "Waiting For The Sun" - The Doors "Magical Mystery Tour" - The Beatles Cada uma destas raridades foram os últimos mono lançados pelos artistas.

Quadrifonia

Com as gravações quadrifônicas feitas pelo sistema "matrix" ou matricial, conseguia-se a reprodução em quadrifonia, ou melhor, de efeito quadrifônico. Com discos estéreos comuns obtinha-se o efeito quadrifônico (de outro gênero) pela restituição da reverberação original da gravação, permitindo uma sensação de presença, profundidade e maior realismo.


(Informações retiradas do site http://www.bricabrac.com.br/)


ABRAÇO


O abraço de hoje vai para quem nem imaginava existir a história dos discos.

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