VIVA A DEMOCRACIA CUBANA
FIDEL ORDENA QUE OS ATLETAS VOLTEM PARA A ILHA
Esta é do Jornal Zero Hora de hoje, matéria escrita por David Coimbra.
Uma ordem emitida diretamente pelo comandante Fidel Castro Ruz interrompeu o jantar que os jogadores de vôlei de Cuba faziam sábado passado, no refeitório da Vila do Pan. Os atletas deveriam levantar-se de imediato das mesas, dirigir-se aos seus alojamentos, arrumar suas malas e acomodar-se em um dos seis ônibus da delegação: a volta para a Ilha fora antecipada.Os jogadores obedeceram. Partiram para o terminal 2 do Aeroporto do Galeão e embarcaram em um dos dois vôos fretados pelo governo cubano. O primeiro decolou às 21h, o segundo às 23h. À meia-noite, quando foi realizada a cerimônia de premiação do campeonato de vôlei, não havia um único cubano presente no Maracanãzinho. O pódio da medalha de bronze conquistada por Cuba ficou vazio, enquanto os alto-falantes anunciavam apenas que a delegação do país informara que não compareceria ao evento. O público do Maracanãzinho vaiou estridentemente a ausência dos terceiros colocados.Fidel determinou a antecipação do retorno dos cubanos devido a um informe que seu filho Antônio Castro, o Toni, enviou-lhe ainda no sábado. Toni estava no Brasil como médico da equipe de beisebol. Ele teria apurado a existência de um esquema internacional que promoveria a deserção em massa dos atletas cubanos depois da cerimônia de encerramento dos Jogos, no domingo à noite. Cerca de 200 cubanos partiram às pressas, na noite de sábado. Alguns até esqueceram de colocar as malas nos dois caminhões que transportaram as bagagens da delegação para o aeroporto.Restaram alguns para a cerimônia de encerramento e para a última prova de que o país participaria, a maratona masculina. Esses, decerto, de toda a confiança. O maratonista que ficou no Rio, Norbert Curbeco, desfilava pelo Aterro do Flamengo com uma foto que tirou com Fidel em junho de 2006.- Eles não fugiram. Isso já estava previsto - garantiu Norbert, que não conseguiu completar os 42 quilômetros do trajeto.Mesma versão do assessor de imprensa da delegação, Pedro Cabrera, para quem as notícias da debandada cubana não correspondem "totalmente" à verdade. Quatro cubanos desertaram durante o Pan: um jogador de basquete, um técnico da ginástica e dois pugilistas. A fuga dos boxeadores Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, o segundo bicampeão olímpico (Sydney/2000 e Atenas/2004), que abalou a delegação. Os dois estão morando na Alemanha, onde deverão participar do campeonato de boxe profissional.
Não é a primeira vez
É uma história conhecida: quando surgiram na televisão as primeiras imagens da delegação cubana abandonando o Rio de Janeiro às pressas, vieram as lembranças do Pan de Winnipeg/1999, no Canadá. Na ocasião, o país compareceu à cerimônia de encerramento com uma delegação esquálida, abatida por 13 deserções e pelo exame positivo para cocaína de sua maior estrela, Javier Sotomayor, do salto em altura.
ABRAÇO
O abraço de hoje vai para a minha querida amiga e comadre, madrinha de minha filha Victória, Dalva la Salete Silva. Beijúúúú!!!!